No almoxarifado da Câmara Legislativa, uma sala abarrotada de cadeiras quebradas. Nos setores e gabinetes da Casa também. Muitas encontram-se acumuladas nos cantos das salas com plaquinhas improvisadas para que nenhum desavisado se sente e acabe acidentado.
“Tem gente trazendo cadeiras de casa. Tem gabinetes que as pessoas estão utilizando cadeiras de plástico para se sentar” afirmou um servidor que não quis se identificar. Cadeira virou sinônimo de barganha da CLDF. Quem tiver em boas condições que cuide da sua, quem não tem usa quebrada mesmo ou tentar pedir ou trocar em outro setor ou com algum colega. Muitas não têm mais regulagem de altura nem de encosto, outras quebraram os rodízios, mesmo assim elas se acumulam nas salas à espera de serem substituídas.
O Edital do Pregão Eletrônico para aquisição das cadeiras foi elaborado com base em uma pesquisa realizada pelo Setor de Assistência à Saúde, por meio do Programa Qualidade de Vida, sobre a necessidade de troca das cadeiras por oferecerem risco de acidentes e também à saúde dos servidores. Assim, o cancelamento da compra pode levar a Casa a ter que enfrentar problemas de saúde trabalhador e possíveis passivos judicias.
CADEIRAS DE BAIXA QUALIDADE E COM DEFEITOS
A empresa Zaat Papelaria e Comércio de Móveis, responsável pelo fornecimento das cadeiras para a atual sede da Câmara Legislativa, foi punida administrativamente pela CLDF por descumprimento contratual após comprovada a baixa qualidade e excesso de defeitos dos produtos entregues . Fato que foi reconhecido pelo Poder Judiciário na sentença do Processo nº 61721-5/2012 da lavra do Juiz José Eustáquio de Castro Teixeira, da Sétima Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal.